Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento. (Adélia Prado)
Minha mãe achava sentimento a coisa mais fina do mundo.
Não é. A coisa mais fina do mundo é o estudo do sentimento.
Foi o que fiz, formalmente. É o que faço, no dia a dia.
Ficar entregue ao sentimento é ser barco à deriva.
Às vezes ele ilude, engana, até cega.
Sentimento sem razão, sem freio, sem respiração é nada.
O sentir sem se deixar parar é, existencialmente, um falso sentir.
Palavras - reflexões - urgem.
Elas orientam o sentimento, transformam-no, mudam sinais.
In-formam (gravam formas) na matéria bruta.
Ordenam o que antes era o caos.
Quem fala/escreve luta, não se entrega.
E mesmo um texto (quer dizer, um tecido) feito de linhas (fios)
é sempre inacabado: precisa de um receptor para ter significado.
Ana Guimarães
Nada é sendo só! Belo Ana, a forma escolhida no poema para vivificar a importância de se ter ecos por perto. Beijos e Parabéns
ResponderExcluirO sentimento é ativo e se movimenta, mas tem começo e fim, para poder começar de novo. Ah, que mãezinhas sábias!
ResponderExcluirTe adooooro Ana! Beijos.
Oi Ana, há quanto tempo!
ResponderExcluirBom ler vc de novo e ainda mais com TANTO sentimento!
Bjs e parabéns!
Olá Ana!
ResponderExcluirOs seus trechos imaginativos e tão bem referenciados, estimulam à reflexão.
Se não harmonizarmos/conjugarmos sentimento e razão e pensamento, se baixarmos as defesas a um ou a outro, acho que é como diz: somos barco à deriva.
Barco à deriva até pode ser bom durante algum tempo, mas depressa vira perdição.
Há que ter alguma forma de orientação, bússola ou estrelas...
Um abraço
"Quem fala/ escreve luta, não se entrega" : é isso Ana.Parece que este texto foi escrito para mim!!! abração
ResponderExcluirSinto muito, Ana, mas eu te adoro de verdade! E este poema sobre a sua e a mãe de Adélia é um depoimento sincero em homenagem à Adélia.
ResponderExcluirBelo e significativo, importante texto Ana
ResponderExcluirPor isso estamos aqui para fazer parte, ser fio que permite que através desses contatos continues a tecer, a ordenar, a dar "o que é possível de "conta" dos sentimentos que, querendo ou não eles, esses sim vem a deriva.
Uma excdlente semana para ti e teus familiares
Beijos
Queridos amigos, fico feliz que vocês estejam aqui, sempre, me ajudando a tecer esse tecido que jamais se completa. Guardo no coração e na memória ca-da comentário, muito obrigada!
ResponderExcluir"Fazer justiça é repor um equilíbrio."
ResponderExcluirTanto o sentimento, quanto o estudo dele são coisas magníficas.
Um é enigmático, impossível de ser descrito, que parece adorar as nossas tentativas, todas vãs e inúteis. Ele continuará por lá, onde sempre esteve. Apenas nos olhando, exigindo que sejamos mais e mais humanos.
O seu estudo é, como você bem lembrou, é feito de linhas, nos circunscreve quando em ação, física ou mental.
O estudo é cartesiano, delimitador e ao mesmo tempo esfumaçado em seus limites. Uma tentativa poética de estabelecer causas e efeitos.
Por isso utilizei o termo justiça, emprestado do Murilo Mendes.
E para deixar registrado o quanto é belo o seu texto poético. Meus parabéns. Beijos.
Que bela artesã das palavras é você, Ana? Teceu esses fios com maestria. Como elas (as mães ) costumam nos ensinar.
ResponderExcluirBrilhante, parabéns!!!
Um beijo
Ana!
ResponderExcluirQue beleza.
As mães sempre têm razão. Um prazer a leitura de seu texto.
Sabe que sou fã.
Bjo
Adorei este texto...cheio de um encanto verdadeiro.
ResponderExcluirBeijo
Graça
Djabal, Lau, Zé e Graça: prazer enorme tê-los aqui, meu muito obrigada pelos comentários.
ResponderExcluirbeijos
Eu acho que a coisa mais fina do mundo é viver. Ser mãe. Amar. E fazer do sentimento, um manto verdejante a percorrer. Ah, finíssimo é também ter amigos verdadeiros....rs!
ResponderExcluirAna, minha querida Ana, vamos ter o nosso encontro aqui na Suiça ou aí no Rio...porque nós vamos em Julho de 2011 (de férias)...vou conhecer a mãe que deu à luz a maravilha do meu marido...ehehehe.
O Edu...encontrei...mas no FaceBook :)
1 Bj*
Luísa
Viver, ser mãe, amar e ter amigos verdadeiros - definitivamente quatro coisas finas, você disse bem.
ResponderExcluirQuerida, acho que nos veremos mesmo aqui no Rio, pois ainda não estou em condições de viajar.
No Facebook! Um dia eu entro, tantos já me convidaram!
beijo e obrigada!