sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PUBLICAÇÃO NO PORTAL CRONÓPIOS

Balas perdidas

(POESIA) ... Na rede estou: sou caça das palavras /que me caem em cima, matando, de vez, a coisa /passiva, pasto, passagem /garrafa ao mar, missiva /não fujo, não me escondo, deixo-me atravessar ... Ana Guimarães

http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=4732

Leiam, comentem.

6 comentários:

  1. Ana,

    sem desmerecer do que li antes, parece-me que a Ana escreve melhor. Só para dar um exemplo (podia dar mais)
    «tentarei analisar
    e o racional só faz falsificar
    o pensamento é inútil»,
    estes versos carregam uma dolorosa e paradoxal verdade.
    O que nos é pedido em forma de pensamento, muitas vezes é uma crueldade. É como se fossemos estrangeiros e exigissem que falássemos outra língua. Tanto mais quanto é de esperar que a racionalização deixe muito a desejar...
    Gostei muito
    Abraço

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  2. Brilhante, Ana. Como diz outro poeta, o grande Quintana, " convivência entre o poeta e o leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro(no caso, seu post) e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador/apreciador de poemas ama em silêncio"...
    É exatamente o que acontece comigo nesse momento em que leio seus belos poemas. Estou perdidinha, sem saber o que dizer, só sentindo/apreciando o quanto de talento você tem.
    Parabéns, amiga!

    Um beijo

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  3. "Um fotógrafo-artista me disse outra vez: Veja que pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar."

    A insignificância, a futilidade e a impossibilidade preenchem toda a nossa vida.
    Preenchem com alguma beleza como faz Manoel de Barros e como faz você.
    As palavras que foram caçadas não se penduram simplesmente ao texto, elas passam por alguma bateia, que mexe, remexe, escova e dá um brilho que denuncia o ouro, lá no fundo.
    E esse é o sentido, essa é a intuição do(s) tema(s). Para disfarçar as nossas inutilidades. Estes foram dois brilhos do sol no couro do lagarto.
    Obrigado e parabéns.
    Beijos.

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  4. Ana
    A teoria ultrapassa barreiras, pega a via da poesia e multiplica-se em faces disso que sosobra dentro.
    Ganhar espaço, caminhar pelos diversos lugares e viver o máximo possível aquilo que a vuida nos apresenta.
    Amei, parabéns
    Beijos

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  5. Querida amiga Ana,
    Estive a conferir tua escrita. Ouso constar aqui o mesmo que comentei por lá:
    Em realidades e palavras, nada se perde à pena de Ana Guimarães. Tocantes poemas.Parabéns!
    Beijos

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  6. Carlos: um comentário seu sempre me enche de alegria! Obrigada.
    Lau: genial esse trecho do Quintana citado! Fico feliz por tê-la deixado amando o meu poema em silêncio.
    Olá, Augusto César! Obrigada e seja bem-vindo!
    Ah, você acertou, meu amigo Djabal: eu escovei mesmo essas palavras! Se você me diz que apareceu um pingo de sol nesse couro de lagarto, fico realizada... pelo menos por enquanto.
    Sim, Salete, a poesia é o que resta depois dos muros da teoria! Aqueles que não conseguimos ultrapassar, só vislumbramos. Beijo.
    Tere querida: obrigada duplamente. Ausculto o real e ouço palavras. Simples e complexo assim, ao mesmo tempo. Beijos

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