MINHA SOMBRA E EUMinha sombra e eu fizemos um tratoandamos lado a ladocomo Sócrates e seus discípulosnos jardins da vidasomos diferentes, é clarosou radianteela é sombriapreciso da luz do diaela tem fronte lunargoverna-me o coraçãoela, a razãoentrego o que me pedemela mede, pesa, avaliameu canteiro, com belas floresvolta e meia se enche de mato, é fatono dela, nenhuma erva daninha(também a terra é estéril,nada germina)minto, trapaceiosou de extremosdona sombra é um tédio, com o seu"a virtude está no meio"de qualquer barrofaço Adões e Evasamores ou amigospara ela tudo é escarro, espinhopor ela viveria sozinhoquando fervendo, meu refrigériomaníaco, meu lado sériopreparo o pulo, ela o impedese o considera por demais arriscadopretendo-me eternoela me mostra mortalquero saltar um abismoe lá vem ela com o projeto da pontejá em algarismosquando exijo o realme oferece a ficçãoacha que a poesia me consolao que é verdade, pero não todainsiste que eu me cubracom o manto da imaginaçãomas sei que esse cantopor mais doceé pura ilusãopor de sol algum, aqui ou ali pintadoconsegue expressar a emoção daquela tardeprazer que nenhum pavão da arteencenaAna Guimarães
terça-feira, 22 de outubro de 2019
MINHA SOMBRA E EU
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